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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"A MÚSICA PELA MÚSICA", OS 20 ANOS DO LENDÁRIO NEVERMIND.

Como todos sabem o álbum Nevermind do Nirvana completou 20 anos nesse dia 24 de setembro, porém minha intenção ao escrever esse post não é homenageá-lo citando seu legado e suas condecorações, já que outros blogueiros, jornalistas, colunistas e até a tia Joana que vende Tacacá ali na esquina, já o fizeram por mim. Quero apenas dizer o porquê de ouvir esse álbum sem fincá-lo qualquer status como quantas cópias foram vendidas, a posição na lista da Billboard, Rolling Stones, quantos discos de platina ou de ouro ele conseguiu e etc. Meu objetivo é discutir, unicamente, a “música pela música” sem a intromissão da mídia ou mercado, afinal somos mais roqueiros do que consumidores, mais autênticos do que alienados. Bom, é o que eu espero.
                Pois bem, comecemos logo porque já estamos quase um mês atrasados, levando em conta a data do aniversário.
                Um dos motivos para se ouvir o disco, é que não é um típico álbum igual a Jesus Cristo, que em certas faixas morre e ressuscita umas três depois. Ele consegue manter a mesma intensidade que flui naturalmente de uma canção à outra, mesmo que uma seja calma e outra tão barulhenta quanto à de uma banda de garagem.  Lembro também que o Nevermind possui logo nas três primeiras faixas “Smells Like Teen Spirit”, “In Bloom” e “Come As You Are”, ou seja, ele já começa com potência máxima. No entanto, se você for menina, ao contrário do seu namorado, o CD consegue manter a mesma intensidade e potência até o final, pois a musicalidade não decai de forma alguma. Ela permanece viva no restante do disco, com riffs e musicas marcantes que se tornaram clássicos do Nirvana, como “Lithium”, “Polly” e “Territorial Pissings”, que é a música mais suja e barulhenta do disco.         
                Então para o modelo moderno de adolescente que não tem o costume de baixar o CD inteiro, e sim alguns singles, o Nevermind é um álbum perfeito para “quebrar esse gelo”, que muitos desses jovens até querem, porém não encontram um álbum à altura de satisfazer esse desejo. O CD se mostra como uma ótima solução contra essa tendência, influenciada por uma sociedade cada vez mais imediatista, que explora e lucra só com um fragmento de um pacote maior, que só um disco inteiro oferece.
                Outra razão para ouvi-lo, é por possuir logo como a faixa intro, “Smells Like Teen Spirit”, que é como comer o pedaço mais gostoso da pizza logo na primeira bocada. Sem dúvidas a música é uma daquelas obras primas musicais que só aparecem uma vez a cada 50 anos. É incrível a energia que ela possui, consegue fazer pirar qualquer um em qualquer lugar. Não é a toa que muitas bandas apelam para ela em seus “set list’s” para deixar a platéia no “ponto” ou quando o público está quase dormindo. O efeito é imediato, tudo o que é visto são vários corpos ensandecidos movidos pela energia do hino do “grounge” e com certeza algum pateta tentando se jogar em cima de todos e se quebrando no chão logo após. É, sem dúvidas, uma das melhores músicas para ser levado ao êxtase. Não interessa onde você esteja ou o que esteja fazendo, andando de skate, no seu quarto com o amplificador no máximo, dando uma de Kurt no banheiro ou escolhendo batata no supermercado pra sua mãe, você vai pirar ouvindo “Smells Like Teen Spirit.”
                Outro motivo é a importância simbólica do álbum já que provocou uma mudança no cenário musical dos anos 90, que até então estava impregnado por Michael Jackson, Guns N’ Roses e vários outros roqueiros de calças apertadas de couro, cujo seus espetáculos residiam mais em suas aparências do que em suas qualidades como músicos. Foi um CD revolucionário de sua época, representava o grito da juventude com o descontentamento do inicio dos anos 90. Nevermind foi um disco de rock independente, do terreno underground, vindo dos becos da música para tomar o mundo. Não foi propriamente ele que foi ao mainstream, o mainstream foi a ele fazendo com que o underground, pela primeira vez, fosse tocado nas emissoras de rádio mais ouvidas, virasse estilo de roupa e adentrasse o centro da música. Enfim, o underground virou moda.
                Que cessem minhas divagações porque já estão me enjoando e, tenho certeza que, a você também. O álbum Nevermind da banda Nirvana é, certamente, o álbum mais impactante, desde que foi criado até os dias de hoje, que sofrem da carência de uma banda que “balance as estruturas”, como foi o Nirvana. É um álbum de “grounge” um tanto quanto polido, com uma perceptível e alta dose de genialidade, que traz o grito jovem de rebeldia na voz um tanto rouca, obscura e ao mesmo tempo meiga de Kurt Cobain. É impossível de não gostar.
                Escute agora se possível, pois a vida é incerta e você pode morrer amanhã. E se você que lê esse post nunca ouviu um álbum inteiro, faça-se privilegiado de ouvir esse tal de Nevermind, porque se ele for o seu primeiro álbum inteiro enfim escutado, provavelmente ele será mais importante na sua vida do que foi sua primeira namorada.

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“Deus, porque eu tenho que gastar 2 horas do domingo na igreja ouvindo as diferentes maneiras que irei para o inferno?”


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